sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Alguns silêncios visuais sobre a solidão


Porque algumas palavras sobre solidão me soa como loucura.






São duas formas formas de ser sozinho.






domingo, 24 de novembro de 2013

Natal de novembro

Sem vitrines
é muito mais bonito
o natal dos míopes


não tem preço.


Acordar segunda




Talvez a coisa mais linda de se ver
numa segunda-feira de manhã.






Ligeiro frio
e silêncio
bem queira
passe
um
carro.



quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Algo próximo de um relato


Por todo o dia o céu chorou a voz da lua.
Que por não vê-la nada queria mostrar,
aguardando que chegasse
na porta da noite às seis e vinte a sua entrada.
Não por outra coisa o céu se abriu,
não todo, na sua esquina mais madrugada.
Nem estrela, nem sol.
Era ela, a mais amarela,
abrindo as nuvens em sua mirada.

E o céu parou suas dores
fazendo cinza também a noite.









 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Zed, is a lie



 Mas pra que tanto video, Zed?!

 Zed?






domingo, 26 de maio de 2013

A finalidade da vida




A finalidade da vida,
o final da vitalidade,




não..
...
A vitalidade do fim!





sábado, 11 de maio de 2013

Tanta coisa pra falar

Eu mesmo achei que o meu tempo fora daqui éra bem maior, mas quando vi, são apenas dias.
Que por isso seja abençoado o bom Deus.



mas é isso que segue, como o vento.



Haverão de haver.

Voltas


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dos diversos cantos. A.M.


dos diversos cantos
durante o outono
[invernadouro]

Um que não é do meu sul

mas toca a mesma estação.





http://www.youtube.com/watch?v=8gPc5vpZkf0 [Maybe To Spain - Skye]

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ora do outono, a novidade.



O outono é substancialmente poético
frescor, frio meio
cheiro
santa teresa e coisa nova

sensação de renovação
folhas da pele
frutos existenciais
fictícia
que vem ano após ano
e nos engana novamente
[A.]

porem reparada apenas
por aqueles que olham
o que sentem

e sentida por todos
[M.]


às vezes chega a hora

As vezes chega a hora de brincar de acabar aquilo que começamos.


quarta-feira, 20 de março de 2013

Boiada

Um desejo louco tomou minha alma.
Hoje quis por um momento ouvir um estouro de boiada.
O movimento, o estrondo contínuo, o tremor, e os gritos.











ou talvez a calma de Almir Sater.

domingo, 10 de março de 2013

composições saudadescas

ao frequentamento de papos triviais.

fotos para não esquecer.
 










ARISCA, ARDILOSA E ENCANTADORA

sábado, 2 de março de 2013

Assim

capitalismo patrão trabalhador mais-valiatorcer espremer.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Duas coisas distintas da mesma coisa.






ILHADO

Acabou a luz.
Eu estava sozinho em meu apartamento. O sol acabara de se por completamente despercebido naquela cidade barulhenta. Calmo consulto sequencialmente o televisor, o interruptor da sala que agora não sei para que lado liga, o telefone sem fio e sem som e por último a geladeira, que já não vibra.
Procuro pelos quartos, o que ainda posso ver. Maldita hora em que deixei aquele aparelho celular próximo à cama. Eu acho. É só ligar para ele, mas é a segunda vez que pego o telefone para nada.
Será que isso é no prédio todo?
Pela janela vejo um imenso fosso negro, sem fundo. Não consigo ver o asfalto, mas bem ao longe é possível ouvir um som de sirene, ecoando pela cidade e uma brisa a essa altura. Em todas as janelas também falta energia e alguns andares mais para baixo vejo um movimento rápido, um vulto indefinível, que logo volta à invisibilidade plena.
Tomara que isso não demore. E tomara que não chova.
Talvez se eu descesse pelas escadas, mas não. Os passos na escuridão silenciosa serão uma descida ao inferno. Afinal, são vinte e três andares. A cada andar, duas sequências de sete degraus. Então são... Quatorze vezes... Vinte e três... 322! Trezentos e vinte e dois degraus. Que dia. E se eu descer tudo isso e a energia não voltar, eu vou ter que subir novamente, sem enxergar um palmo a frente dos meus olhos. Melhor ficar e esperar. Será que meu vizinho sabe disso?
Vou até o corredor e lembro que não conheço aquele vizinho. Na verdade faz algum tempo que não vejo vizinhos, e detesto quando entro no elevador e tem outras pessoas, sem assunto, aguardando fugir daquela cena terrivelmente incômoda e entediante em que todos vigiam a única saída. Na frente da porta tento bater de forma educada. Três toques, da mão fechada contra a madeira, e espero um pouco. Colo o ouvido na porta. E nada.
Entro pela porta da cozinha e pisando aquele chão frio tento acreditar que essa solidão não vai durar muito. Como beber água nesse breu? Talvez não seja difícil, ainda é possível ver algumas coisas e a memória me diz onde pego o copo. As pupilas já até se acostumaram à situação. A geladeira, a garrafa d'água, o copo. E por incrível que pareça, tamanha distração, encontro o aparelho celular. Como ele veio parar aqui? Não importa, agora eu posso ligar para alguém. Sem sinal. Mas também, quem viria até aqui? Ao menos ouvir outra voz. Ter um sinal de vida. Parece que só resta eu em toda essa cidade. Ilhado, no vigésimo terceiro andar.
Ah... Afundo no sofá. Eu e esse sofá. Se eu pelo menos pudesse dormir. Ou tomar um banho no escuro... Levanto-me em direção à cama. Sigo novamente pelo corredor, de costas para a sala, e de lá ouço um ruído. Apesar das luzes apagadas, posso ouvir aquele som de presença que a televisão produz antes de mesmo de sintonizar, logo adiante ela encontra o sinal, um homem que dirige sozinho numa propaganda de carro pela cidade deserta. Tudo se restabelece. Nada de novo.

17.02.2013

domingo, 3 de fevereiro de 2013

La Niña Blanca

"Sou aquela de que todos falam e ninguém conhece.
E porque não me conhecem, me caluniam,
Enquanto que aqueles que me conhecem não se calam e me defendem.
Todos tratam de evitar conhecer-me, mas todos acabam recebendo minha visita.
E quando por fim me encontram, descansam,
mas eu, nunca descanso."

Atenciosamente,
A Santa Morte.

"Para tu que não crê em mi, te escrevo esta carta para pedirte que não me insultes nem me julgues, posto que sou uma obra mais do teu criador, eu sou o espírito de luz que te levará até quando tua alma se separe do teu corpo e tenhas que render contas da tua vida...
Porque eu não sou um ser satânico, tão pouco diabólico, sou um ser que te pode ajudar, porque sou um anjo que nosso Deus Pai criou. Eu sou a Menina que te vigia, meus braços que te carregam, minhas mãos que te consolam, meus pés que te guian, minha foice que te defende, meu alento alegre que respira, meu mundo em que vive, meu manto que te cobre e te resguarda, e que chegada a hora eu te consolarei."

Atenciosamente,
Santissima Morte


O culto mexicano cristão defendido pela Igreja Católica Tradicional Mexico-USA, que não é aceito pela Igreja Católica Apostólica Romana.


 Acaba por se tornar a crença dos esquecidos, dos excluídos, chegando a angariar muitos devotos de vida desregrada e criminosa. Porém não é essa sua origem, que remete a um sincretismo do cristianismo com crenças indígenas meso-americanas, os astecas e maias, que julgavam ser a morte uma parte do todo, e à esta entidade faziam prece.




Às vezes colorida, às vezes negra, às vezes vermelha, mas quase sempre branca.





Um bom documentário sobre.



Amém.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Na obra

  1. Me parece que quando começa a produção, cessa a inspiração.
  2. A contrução das artesanías põe para fora o que realmente é nosso.
  3. De presente a presença no mundo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

don't stop, please.

RUAS                         2
RODAS
TINTAS
MUROS

noite

noite

última




último dia de férias, mas o verão continua, nos expulsando de casa.
e uma música que faz o sol e os dentes rangirem na cabeça.



Noite de verão
Quente em casa
Não dorme o som








Su - la.