segunda-feira, 9 de março de 2015

caminheiro no Sul da Bahia


3ª margem do Caraíva

Nas suaves brisas do Caraíva
Fronteira que resiste a investidas
Senta na mercearia e sob a sombra da palha
Descansa teu pé do passo largo e mole do areal
O suor escorre parado na sombra

Terra cabocla aldeada
onde se encontra gente na rua e beira-rio
em acalorados relatos e debates
sobre a piaba feita isca dançar na superfície
que o robalo abocanha

Ou histórias sobre o caranguejo que "eu peguei"
senão, na mercearia puxar a conversa simples
de como a areia tá quente

E os comentários
de congestionamentos e falta d'água do paulista
Tão fora de lugar
que foge à realidade

Para saber que a fronteira é feita
de diálogos e embates

24.01.2015



 entre o que é e o que não é real


O céu de Corumbau

a vila sem luz é a que tem mais brilho
do céu noturno ou o ouro do sol
não por menos
aponta pro mar teu pequeno farol

na ponta do mundo
o fim da areia
o céu de Corumbau
é o cabelo da índia
negro cheio de estrelas

09.02.2015


Um comentário:

Jordana Diógenis. disse...

Estais inspirado !!!!

Caraíva, Bahia, nunca conheci, mas bem que queria...