sexta-feira, 24 de julho de 2015

mar ao centro


Nestes primeiros dias do novo trabalho
o mar tem sido parte do caminho, ladeando minha rotina.
Ainda que seja a praia fechada de Camburi,
ela tem seus dias e marés.
Porque pra isso nada tem cura,
Ninguém escapa das marés e dos dias.
As ondas quando há e quando não há
e o movimento barrado pelas pedras do pier,
seus níveis e cores.
Como pode de uma manhã para outra
ser verde, azul ou cinza?
E naqueles dias agitados,
em que bombardeia sua ilha pontual,
ser aquela cor marrom revirado
com nuvem cinza ao fundo onde sumiam os navios.

Nesse dia cheguei ao trabalho muito cansado.

22.05.2015

Um comentário:

Jordana Diógenis. disse...

"ela tem seus dias e marés.
...
Ninguém escapa das marés e dos dias."

Lembra o movimento das ondas. Chegando à areia, formando o raso.
E se contorcendo nas profundezas.

Bem colocadas as rimas, num tom seco, um pouco tumultado. Que ao final rima cor marrom revirado" com o "cansado" - enfrentando a nuvem "cinza".

Muito bom!