sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Se são efeitos ou sonhos

Se são sonhos ou efeitos.

Justificando-me em memórias durante a madrugada,
porque mesmo os dias não tem sido muito fáceis de
discernir de quando se está dormindo ou quando se
está bêbado, aos delírios especulativos. Parece
que a única diferença é ser partícipe com os outros
ou ser uma experiência sozinho. Porque os dizeres
muitas vezes são similares ou os mesmos. Com a
excessão das sensações de conhecer a morte, que
a entorpecência trata de afastar, o que é comprovado
pelos machucados que se adquire sem sentir. Muitas
vezes sinto a carne nos sonhos, coisa que estando
ébrio é de veras raro. Noutra vez inclusive, senti o
ato de morrer, por perfuração. Digo mais, que nestes
momentos e dias em que vivo isso o calor é intenso
de verão pelas noites e que há alguma culpa nisso,
de suar enquanto dorme.
Sensação noturna de ansiedade que de dia é algo
de tédio. Sentimos que o calor pode matar, assim
como em Camus, mas que nas noites apreensivas do
verão se toca cada nota dos grilos, marcando os
ponteiros da noite de Cortázar.
"Quase antes de compreender já estava escutando a
noite, o perfeito silêncio pontilhado pelos grilos."

Para não ter dúvidas:
É melhor manter-se sóbrio pelo menos nas segundas
noites do verão.

Mas o som dos caminhões, ao longe, não me deixam
discernir se são aviões ou o que são.
02/01/2014